domingo, 9 de janeiro de 2022

Cariacica ganha documentário sobre racismo estrutural

Cariacica ganha documentário sobre racismo estrutural


O coletivo cultural Cariacica Underground apresenta ao público capixaba o curta documentário Africanizar: racismo e cultura no Brasil. O vídeo foi gravado em locações nos bairros Oriente e Campo Grande, entre os anos de 2020 e 2021, trazendo uma reflexão sobre o racismo estrutural e sua influência silenciosa em nossas vidas.

O vídeo documentário traz o depoimento do poeta e escritor Edmar Joaquim da Silva, o Ferreira D'Jah, que apresenta performance de dança afro poetizada cujo texto afirma "se foram nossas raízes, se foram nossos irmãos... chorar não resolve", conclamando a população miscigenada a assumir seu próprio destino.


Edmar da Silva, o Ferreiro D'Jah, orienta que o povo miscigenado desfaça os baluartes fracos do racismo e encare a trajetória de vida que ainda lhes resta

O documentário traz também o depoimento de Byane Santana, manicure e moradora do bairro Oriente. Em sua fala, Byane deixa claro que ela ama sua cor, ama sua pele e seu cabelo e que nenhuma forma de racismo vai atingi-la.

O tema é abordado também pelo professor Osvaldo Martins de Oliveira, doutor em antropologia social, que explica que o racismo estrutural é um tipo de racismo que é transmitido de forma um tanto inconsciente pela estrutura social.

No Brasil, esse racismo, segundo o professor, é determinado pela pigmentação da pele, sendo de marca racial.

O documentário teve Jacques Mota na pesquisa, roteiro e direção, e Paulo Henrique de Oliveira, o Linguiça, como assistente de direção, pesquisa e roteiro.

Além do coletivo Cariacica Underground, o documentário teve o apoio do coletivo de audiovisual anarcopunk Faça Você Mesmo, do Cineclube Ambiental e do blog de cultura de rua Palhetadas do Rock.

O curta documentário tem a duração de 15 minutos e 54 segundos e está disponível na plataforma Youtube, podendo ser acessado através do link Africanizar: cultura e racismo no Brasil.

Prestigiem.


Um comentário:

As Palhetadas agradecem!