sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Pé na Cova e Novos Rumos

Pé na Cova
e Novos Rumos

A banda Pé na Cova tem como principal influência o punk rock novaiorquino do Ramones e o horror punk do Misfits, banda criadora desse sub gênero do punk rock. Dentre suas principais canções estão "O despertar dos mortos", "O ataque dos vermes malditos" e "A mais bela das bruxas".

Boas novas aos sedentos pelo rock e fãs das Palhetadas, que já foram do Diabo...

Mais uma vez nos deslocamos de nossa amada Cariacica bosta seca para apoiarmos e prestigiarmos jovens punks cariaciquenses em sua jornada underground pela Grande Vitória.

Fomos até a cidade dos canelas verdes, Vila Velha, na casa de eventos auto intitulada como “o reduto dos camisas pretas”.

Bora lá!

Em sua própria definição, a banda Pé na Cova se diz surgida em 2004 no subúrbio de Cariacica/ES, formada por adolescentes bêbados e que tinham um gosto em comum: o punk rock!

Hoje, depois de várias formações, o único componente original é o fundador Guilherme Junkie, e, numa proposta ousada em busca da melodia perdida, o mais novo membro do grupo é uma guitarra solo ainda em adaptação.


Pé na Cova, a expressão do horror punk em Cariacica, com letras divertidas e despretensiosas... influência de Misfits. 



A casa de shows underground é nossa velha conhecida, desde os tempos em que ficava ao lado do terminal de ônibus de Vila Velha.

Agora, em formato quadrado e localizada na beira mar de Itaparica, a casa em nada ajudou à profusão de sons distorcidos das guitarras e vocais da banda Pé na Cova.

Às vezes o rock punk é assim, precisamos nos manifestar com barulho mesmo, mas nossas canções também merecem um PA bem regulado e à altura de nossa proposta.

Mas a banda Pé na Cova superou todos os desafios daquela noite de domingo, 23.

Junkie e seus knobes coloridos.

Postura, vocais e instrumentos afiados. Vitalidade na bateria e cozinha completa com o baixo do Bronha que, junto com Guilherme Junkie, levou a banda à frente, de cara limpa e tensos antes da apresentação.

Com dois fortes vocais, Junkie e Danilo, e por vezes até três, com o guitarrista solo Gean atacando timidamente de backing, o som não suportou e embolou algumas vezes em conjunto com os vigorosos e intensos ataques da bateria de Nildo Carmo (Fúria do Zigoto).

A apresentação teve bastante energia e a vibração punk rock que sempre esperamos. O repertório contou com músicas próprias e também covers de Garotos Podres (Vou fazer cocô), Titãs (Polícia) e Zumbis do Espaço (Cemitério Maldito).


"Tocamos Horror Punk atualmente, mas daqui em diante, insistiremos mais em protestos", afirma Guilherme Junkie, sinalizando para uma renovação necessária para o punk rock cariaciquense

Dentre as músicas próprias, destacamos o horror punk "O despertar dos mortos"

Fomos para o cemitério e tudo aconteceu ali... mortos vivos se levantam e me transformam num zumbi... não sei se isso era um sonho, ou se era de verdade... mortos vivos se levantam destruindo a cidade...

e a divertida e despretensiosa canção "Ataque dos vermes malditos"

Quando estiver andando não olhem pro chão eles podem estar sentindo a vibração, suba no telhado não tente correr, eles podem lhe pegar e lhe fazer sofrer, o ataque dos vermes malditos...

É assim que deve ser quando temos comprometimento com a causa musical e, como lembrou Guilherme Junkie, também com a causa política e social, que passarão a compor seu repertório.


Acordo de cavalheiros: a renovação do punk em pauta

Em tempos sombrios, o punk se levanta contra a tirania dos homens. Essa máxima se faz mais verdadeira do que nunca.

Avante punks, avante rock... a tirania dos homens não passará!

Dos seu editor do underground cariaciquense bosta seca...

TUDO PELO ROCK!

Na mira da câmera punk rock: Jack Zoopatia, Sandriani Muniz e Noé Filho... unidos por um registro necessário!



















sábado, 1 de setembro de 2018

As baladas Cariaciquenses do Brígida D’la Penha

As Baladas Cariaciquenses do Brígida D’la Penha

Foto de divulgação
Os bichos da noite: Serginho Cabeção (guitarra), Anderson Jarrão (guitarra), Luís de Paula (bateria), Kico de Almeida (voz e gaita), Robinho Sarmento (baixo), Elson Nascimento (teclados)

Nossa amada Cariacica dos punks do subúrbio e das periferias do Oriente e de Rosa da Penha está mais uma vez fervilhando sua cultura autoral.

É com muito gosto e prazer que redigimos mais esta crônica do underground, ao som do álbum Valérius, da banda Brígida D’la Penha.


Seu recente álbum traz baladas, samba-funk e rock, faixas executadas com muita qualidade musical e sonora, mas ainda distantes das salas de espera dos consultórios, principalmente pelas letras, originalmente escrachadas, graças aos deuses do rock...

Mas aviso aos navegantes do Brígida, se apeguem à tal Helena (faixa 5) e à “flor tão bonita” (Da Mídia, faixa 8), pra vocês encherem os próximos álbuns dessas baladas subversivas. Destaque também para a faixa Tom Tom e Lá Lá, um meio reggae romântico e sarcástico, pode?

E nunca esqueçam a raiz do rock, do qual fazem parte. Sim! O Serginho Cabeção que o diga, pois foi guitarrista emprestado do Zoopatia punk rock, rsrsrsrs.

O belo vocal do Kiko é original, mas lembrei muito do Frejat com suas baladas rock. Muito bom. E é claro, a influência do grande e imortal Sérgio Sampaio, está nas canções que cantam as coisas do dia-a-dia de uma forma especial. Mas vou fazer uma pergunta, como falar da cannabis numa música pra dançar coladinho? Só mesmo o Brígida, rsrsrsrs.

Um destaque especial para as composições com os metais de Beto Lordose, nota dez, nas faixas Zé do Milho e Maluco Doidão, demonstrando o amadurecimento do grupo. Mas quando ouvi a faixa três, decidi carimbar o passaporte da banda lá pra Roda D’água, pra casa do Flávio Vezzoni, só de ida, kkkkkk.

De acordo com Kiko do Brígida, o álbum levou cinco anos para ser concluído e teve apoio de várias pessoas e amigos do grupo.

Além disso, houve também a participação especial de vários artistas cariaciquenses bosta seca e também da “carpitá”, que foram: Flávio Vezzoni (Moxuara), Zé Elias (ex-Moxuara), Edvan Freitas (ele mesmo), Marquinhos Coco (Moxuara), Flávio Moreira (Vampiro?), Carlos Rabelo (Cavanhaques) e o Produtor Eliah Oliver. Cadê o Dílio Lyra? 😬😬

ENTREVISTA

Palhetadas: E aí?
Kiko Brígida: beleza. Vão tomar uma?
Palhetadas: demorô...

De acordo com Kiko o primeiro estúdio fechou e eles perderam tempo e dinheiro. Depois, outros problemas vieram, com Kiko fora da banda durante um ano e problemas de saúde de outros.

Mas para Kiko, tudo tem valido a pena principalmente pelo apoio dos amigos e fãs da banda, que não deixam de acompanha-los em todos os shows, e disso somos testemunhas.


Jack Zoopatia e Serginho Cabeção

Vida longa ao Brígida D’la Penha.

Do seu editor das crônicas do underground... 



TUDO PELO ROCK!