Cariacica celebra o underground
Denisson Nunes www.palcomp3.com.br/denissonnunes |
A historiadora Thays Ferreira faz a leitura da "Carta do Underground", acompanhada pelo mestre de cerimônia Namy Chequer |
Denisson Nunes www.palcomp3.com.br/denissonnunes |
A historiadora Thays Ferreira faz a leitura da "Carta do Underground", acompanhada pelo mestre de cerimônia Namy Chequer |
Grupo
Motim se apresentará na Suíça
O Grupo Motim de teatro vai apresentar a peça O criminoso, de sua autoria, na Suíça, em evento cultural na cidade de Saint-Imier, berço do anarquismo mundial, entre os dias 19 e 23 de julho de 2023.
O grupo, radicado em Cariacica, fará parte da programação do 150º (centésimo quinquagésimo) aniversário da primeira Internacional Antiautoritária, que tem como um dos objetivos proporcionar encontros espontâneos entre ativistas anarquistas de todo o mundo.
O grupo foi convidado depois de participar do VI Fórum Internacional Anarquista, realizado em Vila Cajueiro, Cariacica, em setembro de 2022, no qual estiveram presentes anarquistas e simpatizantes da América Latina, Ásia e Europa.
Os custos da viagem e estadia serão pagos pela organização do evento, mas o grupo não dispõe de recursos para outras necessidades, como alimentação e diversos, então estão realizando uma campanaha para arrecadar valores através da venda de camisetas do grupo e também estão aceitando doações em PIX pelo número de telefone 27988542446, em nome de Nelson Ricardo Amaro, um dos membros do Motim.
Além de apresentar a peça O criminoso, o grupo fará palestras sobre resistência cultural. Na agenda da trupe, estão as cidades de Paris, na França, e Veneza, na Itália.
Acima, uma das apresentações do grupo no distrito rural de Cotaxé/ES, Ecoporanga/ES, conhecido como capital da luta camponesa no Espírito Santo, palco de grandes revoltas contra latifundiários |
Além dessa difusão teatral e de resistência, o grupo também vai apresentar o curta documentário Africanizar, do jornalista Jacques Mota, gravado em Cariacica, que trata do racismo estrutural na sociedade brasileira.
Para aqueles que ainda não conhecem o documentário Africanizar, aproveite o link a seguir.
Doações em PIX pelo número de telefone
27988542446, em nome de Nelson Ricardo Amaro
Até as próximas Palhetadas.
Realizamos o Primeiro de Maio em 2023, que foi tarefa muito árdua, depois de tempos difíceis, num cenário de pós-pandemia e onda pandêmica mental fascista, que se articula nos poderes da República e em suas autarquias legais e ilegais, mas também na capital Vitória, que tem seu nome marcado pela morte da resistência indígena e negra no século XVI, e igualmente, nos tempos atuais, fica também difícil realizar atividades em espaços que são do povo, porque os reacionários que governam tentam a todo custo nos calar!
Usamos as armas da inteligência e da arte para realizar um dos Primeiros de Maio mais agregadores dos últimos 15 anos. Foi criado um grupo de aplicativo que reuniu mais de 35 pessoas em torno da proposta do encontro. As comissões foram compostas por Comp@s que contribuíram com seus esforços para que esse ato fosse realizado.
O nosso Primeiro de Maio tratou-se de um momento singular da movimentação libertária capixaba, agora através da mais nova ferramenta de organização que foi criada em 2022, a Federação Anarquista Capixaba (FACA), espaço de reflexão, debate, manifesto e cultura, agregando um círculo de amizade que permeia mais de 30 anos entre punks anarquistas e simpatizantes de outros coletivos undergrounds da contracultura e da periferia.
Agradecemos a todas as pessoas que acreditaram na proposta de uma atividade como essa, onde as dificuldades são superadas pela vontade de gerar mudanças e relações na sociedade. Sabemos de nossa dificuldade mas não nos limitamos a ela, não tivemos investimentos de partidos ou centrais sindicais que gastam muito dinheiro em festas no Dia do Trabalhador.
Com menos de 500 reais de gastos, do início da produção até o fim da atividade, com recursos bem investidos em alimentação, transporte e na produção, afirmo que desconheço atividade que reúna tanta diversidade cultural, intelectual e social, num só lugar, onde, uma vez ao ano, pessoas veem nessa data a possibilidade de se reencontrar, construir e reconstruir laços para agitar possibilidades.
Abraços a todas que contribuíram com esse momento importante.
Andreza, pela divulgação, alimentação e tesoureira; Gustavo Fraga, pela impressão dos panfletos; Bernard, que veio com a companheira de Cachoeiro de Itapemirim e contribuiu com o texto e muito mais; Luciano Cardoso, da logística aos livros doados; Cervejaria Plezuro; Danilo Bronha, pela aparelhagem de som; Paulo Moraes, pela produção; Reginaldo, o Regis, pelo cartaz, divulgação e criação de mídias sociais; Jacques Zoopatia, blog Palhetadas do Rock; Coletivo Cariacica Underground; Ferreiro D' Jha, pelas danças afro contemporâneas; Teodorico Boa morte, voz, violão e poesia; Toninho Caverna; Santiago artesão; Sagaz, pela intervenção nas múltiplas do HIP HOP; ao Harmonia Turbulenta, de acordes raivosos - Noé, Léo Aranha e Gustavo, reconciliados; a Paulo Henrique Linguiça, que mesmo longe durante 15 dias, estava contribuindo com o Primeiro de Maio em 2023; à banda Elemento 26; ao Rogério, nosso Kiko Brígida; Alex Índio e todo apoio prestado na técnica; Vander Costa; Sandro e Dona Rosa; DJ Angel; meu amigo Beto, referência no Gótico capixaba; Elis tranças; a todas da Escola da Saúde Grau Técnico; Moto Clube Punks do Asfalto - Bob, DZK, Lú, Marcelo, Baby O Grande, e Paulinho Espinhoso; Cabelo de Fogo, Léo Zinho; aos quilombolas Antônio e João; Churrasco - Gilson Vieira; Renê; Kidão; Jô; Andreia; Manu; Cíntia; e a todas que ali se fizeram presentes, em especial a Dona Cleuza, do bar do P. Moscoso; à população, que jamais se curvará às tiranias dos governos.
Até a próxima ação, Comp@s, e vamos sempre nos unir em torno da transformação para um mundo melhor.
E lembrem-se, o estado faz parte do problema e não da solução.
Saúde, anarquia!
Paulo Henrique de Oliveira
FEDERAÇÃO ANARQUISTA CAPIXABA (FACA)
Cineclube Ambiental vai apresentar 4 curtas metragens produzidos nas terras do Moxuara
O evento será o 1º Festival do Filme Anarquista e Punk de Belém, que acontecerá de
7 a 11 de dezembro de 2022
Texto: Coletivo
Cariacica Underground, Cariacica/ES - por Jacques Mota
O festival de
cinema anarquista e punk é realizado desde 2012 na cidade de São Paulo, sendo
agregador de representantes dos movimentos anarcopunks de todo o Brasil.
Nessa edição em
terras paraenses, o Espírito Santo será representado pelo coletivo cultural
Cineclube Ambiental, radicado em Cariacica e formado por artistas e ativistas
ambientais da cidade adeptos do "faça você mesmo", membros do
underground e da cultura jovem de rua. Além do festival de filmes, o encontro promoverá a troca de ideias com lideranças indígenas, indivíduos e coletivos do território do Belém do Pará.
O Cineclube é
coordenado pelo ambientalista e ator de teatro Paulo Henrique de Oliveira, que
vai apresentar algumas das produções próprias do coletivo, tratando-se de
produções autorais de cunho social que promovem a reflexão de temas eminentes
das periferias.
Para o ano de 2023, a Federação Anarquista Capixaba (FACA) apresentou a data para a realização do festival no Espírito Santo. O evento acontecerá no feriado do Dia do Trabalho, dia 1º de maio, provavelmente na localidade de Vila Cajueiro, zona rural do município de Cariacica.
Antifas e ACR's aguardam ansiosos por mais este momento de encontro e troca de ideias.
Até lá!
Produções autorais do Cineclube Ambiental
Africanizar: cultura e racismo no Brasil, 2022, documentário, 15'55"
https://youtu.be/cUYvoXpX07Y
Você ainda pode sonhar, 2020, ficção, 3'01"
https://youtu.be/uvqAyU3wIpI
Alagados de Vila Isabel, 2020, documentário, 8'56"
https://youtu.be/bWpz0ylVt0s
Vida na lagoa Araruama, 2019, documentário, 11'46"
https://youtu.be/SziA6GSM_BU
Conheça Jacques Zoopatia, jornalista que registra a memória do underground cariaciquense
Adepto do “faça você mesmo", ativista preserva a história dos movimentos culturais da cidade
Texto: Coletivo Cariacica Underground, Cariacica/ES
Ambientalista
e ator de teatro, Paulo Henrique de Oliveira constata a persistência das mazelas do falso progresso
Ativista relata o reencontro com velhos amigos depois de mais de 30 anos de militância anti-petróleo
Apresentação: Coletivo Cariacica Underground, Cariacica/ES
Concepção artística dadaísta criada por Paulo Henrique, especialmente para esta publicação |