segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

E o Rock Ainda Pulsa

E o Rock
Ainda Pulsa

Loucos por rock

Pelas mãos de nós mesmos o rock ainda pulsa...

Alguém cede o espaço - Seu Gilson, alguém convoca as bandas - Anderson Sagui, alguém ensaia várias semanas seguidas - as bandas, e alguém tá a fim de ouvir um rock tocado ao vivo, seja cover ou autoral - nós, os sedentos of rock...

Toda essa gente reunida desembocou no 2º Eu Quero é Rock, realizado no Bar do Gilson, lá no Oriente.

As Palhetadas estiveram presentes numa tarde de domingo (21) tranquilha naquele bairro bucólico e pacato de Cariacica, onde encontramos cerveja gelada, rock e cabeças batendo.

O Bar do Gilson adotou o rock como sua vertente mais forte desde quando recebeu a Caravana Punk, em 2010. Mesmo antes, já tinham sido realizados vários shows no local, mas não com a magnitude atual.

Seu Gilson disse: eu quero os coroas do
Ferida Exposta tocando aqui de novo


De lá para cá, Seu Gilson já fez parceria com vários rockers como Danilo De Bona, o Bronha, Felipe Nascimento e o próprio Anderson Sagui, organizador do evento, e remodelou o local, adequando o palco e o som.

Anderson Sagui: promessa de trazer o Lordose em 2015

Hoje o bar conta com uma boa estrutura para shows com PA completo num espaço underground sem "mauricinhos", onde cabem pelo menos duzentas pessoas.

No 2º Eu Quero é Rock destacamos o som autoral da banda Prole, com rifes fortes de guitarra que lembram o heavy metal e vocal definido no melhor estilo punk. O baixo, sem comentários... o cara é bom e tem estilo. 



Temos que destacar também a atuação do guitar man da banda que introduz com muita propriedade solos que lembram os arpejos do Iron e as frases de Malmsteen.

Foi muito bom ouvir essa banda tão visceral e corajosa, com suas músicas autorais e solos de guitarra originais.

Ainda tocaram as bandas Benirrana HC, Fúria do Zigoto e Horror ao Tédio.

Banda Benirrana (hardcore): apresentou-se com energia sem deixar que a "aura" do cover escondesse o carisma de seus integrantes

Banda Fúria do Zigoto (hardcore): já conhecida, retorna depois de um ano parada. Comunica-se bem com o público que obedece de imediato quando chamados pra roda...

O que dizer de uma banda tão jovem? A banda Horror ao Tédio (hardcore, punk e skat rock) nos faz lembrar bem a década de 80, quando começamos nos primeiros acordes de guitarra...
pura energia...

Então temos encontro marcado para o próximo rock, onde quer que ele aconteça...

Do seu editor punk...

TUDO PELO ROCK!
Edição iniciada às 13h30 e finalizada às 16h10

Baterista da Prole e Borracha

Banda Prole 
Banda Prole

domingo, 21 de dezembro de 2014

Volta aos Anos 80 no MC de Rosa da Penha


Volta aos Anos 80
no MC de
Rosa da Penha

Serginho Cabeção, do banda de rock local
Brígida D'la Penha, e as "Oitentetes"

Crescemos brincando pelas ruas de nossa amada Big Field e fazendo muitos amigos que na época vinham das "periferias" como Rosa da Penha, Vila Capixaba, Jardim América, Itaquari, Itacibá e outros bairros... 

Falamos assim como se Campo Grande não fosse tratada como periferia de outros centros...

Mas foram nessas condições que várias vertentes do underground surgiram e se mantêm até hoje realizando encontros e discussões de nosso modo de vida e existência...

Todos nós tínhamos em comum a pobreza material da década de 80 que já separava as pessoas pela classe social, em que rixas entre movimentos de rua eram constantes...

Mas lembremos de outras coisas boas da sociedade em que escolhemos viver, como o resultado que alcançamos com toda essa miscelânea cultural...

Assim encontramos velhos amigos que venceram as injustiças e o preconceito que marcaram nossa época.

Agora todos fazemos parte do que chamam "Grande Campo Grande". Mas podem chamar como quiserem porque nossa história nunca esqueceremos...

DJ e animador de festa Luis da Viola contemplando seu ótimo repertório, fruto de pesquisas e de seu bom gosto

.











É por isso que filhos ilustres de Rosa da Penha reergueram a sede do Movimento Comunitário do bairro, abandonado há pelo menos 15 anos, e realizaram, no último sábado, 20, a festa "Embalos de um Sábado...", festa beneficente para fortalecer o "caixa" do Movimento Comunitário, que só voltou à existência pela união de alguns destemidos que buscaram o apoio da PMC e de alguns empresários... e também das Palhetadas do Rock...

O encontro relembrou a década de 80 sob a batuta do DJ e animador de festa Luis da Viola, com repertório regado a Campari e alguns latões socializados entre os sedentos of rock que prestigiaram a ação...

Decoração com discos de vinil doados por Pantera e globo de luz, strobo, máquina de fumaça e demais petrechos do DJ

Luiz da Viola confraternizou com o Movimento Comunitário disponibilizando seu tempo, técnica e equipamentos para a realização do encontro... 

Parabéns ao Luis, nosso brother, que faz o que ama, e por isso faz perfeito...




A festa foi realizada no porão da sede do MCRP, muito bem limpo e arejado por potentes ventiladores. Prédio reformado, com banheiros novos, por conta principalmente do próprio bolso dos filhos ilustres desse bairro. Cerveja gelada não faltou com saborosos tira-gostos.



Agora a comunidade de Rosa da Penha ganhou mais um espaço de encontros, debates e aprendizado social além dos templos religiosos, que são muitos e que também não deixam de ser locais de convívio...

No entanto, os órfãos culturais do bairro agora têm a opção de se reunirem num espaço distante dos evangelhos mas não tão distante da política: "é o melhor que tá tendo"...

As Palhetadas do Rock estiveram presentes e sempre irão apoiar iniciativas como essas...

Temos em nossa memória que no final da década de 80 esse editor punk com seu amigo Dílio Lira, hoje músico consagrado nacionalmente, realizaram evento na então sede do Movimento Comunitário de Rosa da Penha... Foi massa!

Do seu editor do underground...

As Palhetadas pulsam...

Parabéns a Janinho, Jorge Ramos, Serginho Cabeção e a tantos outros descendentes das terras de Maria Preta que concretizaram a volta do Movimento Comunitário de Rosa da Penha...

TUDO PELO ROCK!
Edição iniciada às 8h45 e concluída às 12h20


Maria Clara, presença constante, a musa dos rocks



Ao fundo, à direita, Fabíola Santos, Fernanda Machado,
Maria Clara, a musa dos rocks, e, sentada, Sandra Mara






Ao centro, a irmã de nosso querido amigo Tatu












Ser ou não ser, eis a questão...




domingo, 7 de dezembro de 2014

Overload Poca no Canto da Roça

Overload Poca
no Canto da Roça





As Palhetadas pulsam...


por Daniel Del Fini, cronista exclusivo das Palhetadas 


No último domingo de novembro (30), Cariacica teve um show de rock como ele realmente deve ser tocado.

A banda Overload, com Guto Ferrari (bateria), Otávio Ribeiro (baixo) e Rodrigo Marçal (guitarra), promoveu um concerto "à moda antiga" no Canto da Roça, no bairro Maracanã.

Eu que tive a oportunidade de assistir a vários shows durante a minha vida, citando apenas aqueles que fizeram parte do repertório da banda Overload, como Iron Maiden, Judas Priest, Red Hot, Kreator, Metallica, Megadeth abrindo para o grande Black Sabbath, Deep Purple, The Doors com o tecladista e o guitarrista original, Dio, Roger Waters com The Wall, e C. J. e Mark Ramone, vi que o profissionalismo dos caras foi equivalente, sendo a melhor banda que vi até agora no Espírito Santo.



Seu show foi melhor ainda que o show do Ratos de Porão, até então, a melhor apresentação que tinha visto por aqui...

A Overload conta com um músico reconhecido internacionalmente por seu trabalho na banda Clube Big Beatles, Guto Ferrari, o qual elogiou seu baixista Otávio Ribeiro, com razão, dizendo: “ele é o melhor do estado”...

Então eles formam uma bela dupla, pois Guto certamente está entre os dois melhores bateristas atuais no Espírito Santo.

Guto Ferrari e sua Ludwig inglesa

O show pocou...

Cerca de cem privilegiados puderam acompanhar performances sensacionais do rock clássico, blues, grunge, metal, folk e também do psicodélico.




Foram petardos clássicos de bandas como Beatles, Stones, Led Zeppelin, Black Sabbath, The Who, Kiss, só pra deixar claro a que vieram.




O impressionante virtuosismo da dupla baixo e guitarra, Otávio Ribeiro e Rodrigo Marçal, compensou entre si a falta de alguns instrumentos originais em músicas como Perfect Strangers do Purple e Sweet Home Alabama, do Lynrd Skynyrd, essa com três guitarras.

Guto Ferrari, com um vocal firme e constante, manteve o fôlego durante as três horas de show.




Sua técnica precedia sua fama...

Conseguiu, com incrível polivalência, manter tons mais graves como em Jeremy, do Pearl Jam, gritada a plenos pulmões, e em músicas do Nirvana e Alice in Chains, e também mantendo a suavidade em Something, dos Beatles. Fora o baile de outros monstros do rock, foi matador.




No meio do show, uma homenagem ao grande mestre Jimi Hendrix, que, se vivo, estaria completando 75 anos: levaram Foxey Lady e deixaram a mulherada alvoroçada!

Já na finaleira, uma série dos Ramones, Led Zeppelin e Black Sabbath, e a tão esperada por mim: N.I.B. 

Vale lembrar que antes do show, na passagem de som, conversei com Nicacio, organizador do evento, e Jack Zoopatia, repórter e editor das Palhetadas do Rock, que o “som” do baixo pedia pela música. E foi o que aconteceu...

Otávio Ribeiro e Daniel Del Fini
Em uma breve conversa, eis que o baterista Guto, afirmou que Otávio Ribeiro, baixista, seria o melhor do estado, o que comprovamos com a música citada.

Foi um show onde encontrei “caras” mais velhas que a minha, e também a da nova geração, os filhos da Estelinha, entre outros adolescentes.


Os sedentos of rock...

Reencontrei vários colegas do colegial, de há mais de vinte anos, e toda uma legião de fãs do nosso amado Rock and Roll.

Uelington Bad Guys, Luiz da Viola,
Rodrigo Marçal e Daniel Del Fini
Então eu percebi que desde aquela época muitas das musicas do set list dos caras ainda tocam nas rádios, enfeitam camisetas, mantendo uma suposta hipótese de realizar o sonho de assistir a um show de um dos grandes do rock...

Naqueles tempos, a busca por um vinil na Tarkus era sob encomenda... e a gente quase furava o disco de tanto ouvir, até a chegada da próxima prensagem...


Tiussi (Tarkus Discos) e amigos

Mais uma vez concluí que o rock continua vivo e fazendo a cabeça da galera, não importando a idade.

Foi um encontro entre amigos, novos amigos, amigos do rock.

Fim.

Agora sim...

Até as próximas Palhetadas Punks...

Do seu editor do underground...


TUDO PELO ROCK!